domingo, abril 29, 2007

Sublime...

Era sábado 28 de Abril, ao acordar pensei ir até à minha querida PlayStation para matar umas saudades de um duelo com a máquina no PES, sem antes fazer o ZAPPING matinal, quando fui parado por uma delicadeza, um concerto de um Senhor de seu nome, André Rieu, Holandês, que comandava uma Orquestra fantástica cheia de humor e profissionalismo fora de série, Orquestra Jonh Strauss.
Tratava-se de uma emissão de um concerto realizado em New York, no Radio Music Hall. Deixo-vos uma amostra genial.
Esta senhora pertence ao CORO da Orquestra.



Mais Um RESUMO desse Concerto fantástico...


Havia tantos outros....

quarta-feira, abril 25, 2007

Homens Sem SONO


Os maiores de 50 lembram-se de certeza. Os mais novos, não sei.
Chamaram-lhes na altura .os homens sem sono.; os capitães, tenentes, soldados e outros que tais, que eu cá de patentes e tropas não percebo nada, graças a Deus, e a guerra acabou para nós há trinta anos e a Cèlinha é rapariga se calhar nem ia se ainda houvesse.
Falava a gente então de tropas, e o Cocó, que nasceu muito depois do .25 de Abril da Abençoada Bombarda. (se não era assim era muito parecido que escrevia o Senhor jornalista Fernando Assis Pacheco), o Cocó ainda sabe menos de tropas e patentes que eu e não me pode ajudar neste capítulo.
Todos aqueles tropas: mais exército e marujos, que .araújos. parece que foram poucos . aquela tropa, dizia eu, que nos deu aquele dia e os outros que se seguiram, ficaram conhecidos como .os homens sem sono..

É por isso que eu estou aqui a esta hora: se bem estou lembrada . que a minha memória é bicho muito traiçoeiro . foi pelas três e tal que os primeiros militares começaram a sair dos quartéis.
A eles quero deixar no sítio mais público onde consigo chegar como povo anónimo que sou, a minha homenagem e o meu obrigada pelo privilégio que me deram, e a muitos Portugueses, de ver a Liberdade em pessoa.
Esta é a minha Primeira Página, a minha coluna de jornal, o meu tempo de antena no noticiário das oito. A minha audiência é de cento e tal visitantes por dia, eu sei. Mas como já disse, é o maior auditório onde chega a minha voz. Para mim, basta.

E como símbolo desses homens que nos deram este bem precioso que é a Liberdade, hoje também é dia de lembrar o Capitão Salgueiro Maia. Quando acabou de fazer a Revolução, e assim que viu que a Democracia já tinha quem a ajudasse a instalar, voltou para o quartel tão anónimo como era na véspera do 25 de Abril. Fez o que tinha a fazer e voltou ao que fazia antes, sem aproveitar nem um bocadinho a justa fama de herói (um dos heróis) do povo.
E, meus senhores, já (quase) não há disto. Porque foi um herói do povo, e voltou para o meio do povo com (desculpem-me o antiquado das palavras) modéstia e discrição.
Ele é o meu Símbolo de Abril.
E disse.

MFA


Marcha do Movimento das Forças Armadas!

Se bem me lembro uma música arranjada no fantástico arquivo das instalações do Radio Clube, na própria madrugada de assalto aquelas instalações.
Soa bem? Soa a Liberdade! Força 25, Força Liberdade, Força Anti-Facismo, Força Anti-Xenofobismo!

Recorde-se como foram aqueles dias, por Otelo de Saraiva Carvalho o Comandante das Operações, em entrevista ao Expresso:
"EXP. - O então major Otelo foi o último a sair do Posto de Comando da Pontinha, já no dia 26 de Abril, às 13h30 da tarde. Nessa altura, o que sentiu? Era o momento da solidão do vencedor?
OSC - Pensei isto exactamente: «Esta malta foi-se toda embora e deixou-me aqui sozinho!» De modo que fui eu que arrumei a casa: guardei as granadas e as pistolas que tinham ficado ali soltas em cima das mesas, fechei as gavetas, retirei a minha carta do ACP que me tinha servido de mapa para acompanhar as operações das unidades do MFA, e pronto. Apaguei a luz, fechei a porta, meti-me no carro e fui para casa
...
EXP. - Voltando ao dia 26 de Abril. Que comentário lhe fez a sua mulher quando você chegou a casa? Ela estava ao corrente de tudo?
OSC: ...Por razões de segurança, decidi ir dormir à Pontinha logo na noite de 23 e não voltar a casa, porque podia haver uma denúncia e ser apanhado em casa pela PIDE. Só nessa altura é que lhe disse: «Tens acompanhado estas reuniões todas que temos feito. Vamos fazer uma revolução e eu tenho um papel importante aí a desempenhar. Vou comandar esta coisa. Vou daqui para o comando clandestino e não sei o que é que isto vai dar. Pode dar uma vitória, mas também pode dar para o torto. Se, por acaso, formos derrotados, eu despeço-me de ti, porque nunca mais, de certeza, nos veremos. Tens de te preparar psicologicamente para isso. Cuida dos filhos. Se isto der vitória, depois de amanhã estou em casa e vamos almoçar»
...
EXP. - E quando chegou a casa?
O.S.C. - Quando cheguei a casa, com a barba por fazer, já não dormia há três noites, foi uma alegria bestial, ela agarrou-se a mim e eu disse: «Prometi que estava cá para o almoço do dia 26 e cá estou».
(Extractos da entrevista ao Expreso no 25º aniversário do 25 de Abril.)

Depois há a história. A que todos conhecemos. Otelo foi o estratega do 25 de Abril e Otelo foi, em 74 e em 75, a cara e o espírito da Revolução. Com hesitações, com recuos, com dúvidas, com actos impensados, com generosidade, com alegria, com erros, com sonhos. Como a revolução.
Encontrei-o um dia, em 1976, na campanha para as presidenciais. O Zeca cantava no coreto do jardim. Depois ele falou, a seguir fomos comer sopa da pedra. Otelo teve uma votação extraordinária. Apesar de tudo que a história também guardará. Depois houve mais. Algumas coisas a história se emncarregará de colocar no seu devido lugar. Mas, seja onde fôr esse lugar, estou plenamente convicta, que em todos os momentos foi a generosidade e a utopia que lhe comandaram os passos. Os mesmos que o levaram à Pontinha. E a ser o último a apagar a luz....

terça-feira, abril 24, 2007

Grande Zeca




José Afonso - Maio...

25 do Quarto Mês de Cada Ano


O levantamento militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).
Cronologia
No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.
Às 22h 55m é transmitida a canção ”E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por Luís Filipe Costa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas e que espoletava a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.
O segundo sinal foi dado às 0h20 m, quando foi transmitida a canção ”Grândola Vila Morena“, de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.
O golpe militar do dia 25 de Abril teve a colaboração de vários regimentos militares que desenvolveram uma acção concertada.
No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos Azeredo toma o Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. E forças do CIOE tomam a RTP e o RCP no Porto. O regime reagiu, e o ministro da Defesa ordenou a forças sedeadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não foi obedecido, já que estas já tinham aderido ao golpe.
À Escola Prática de Cavalaria, que partiu de Santarém, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria eram comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço foi ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia moveu, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontrava o chefe do governo, Marcello Caetano, que ao final do dia se rendeu, fazendo, contudo, a exigência de entregar o poder ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcello Caetano partiu, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.
A revolução, apesar de ser frequentemente qualificada como "pacífica", resultou, contudo, na morte de 4 pessoas, quando elementos da polícia política dispararam sobre um grupo que se manifestava à porta das suas instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.
Preparação

A primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em Bissau, em 21 de Agosto de 1973. Uma nova reunião, em 9 de Setembro de 1973 no Monte Sobral (Alcáçovas) dá origem ao Movimento das Forças Armadas. No dia 5 de Março de 1974 é aprovado o primeiro documento do movimento: "Os Militares, as Forças Armadas e a Nação". Este documento é posto a circular clandestinamente. No dia 14 de Março o governo demite os generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, alegadamente, por estes se terem recusado a participar numa cerimónia de apoio ao regime. No entanto, a verdadeira causa da expulsão dos dois Generais foi o facto do primeiro ter escrito, com a cobertura do segundo, um livro, "Portugal e o Futuro", no qual, pela primeira vez uma alta patente advogava a necessidade de uma solução política para as revoltas separatistas nas colónias e não uma solução militar. No dia 24 de Março a última reunião clandestina decide o derrube do regime pela força.

terça-feira, abril 10, 2007

Mira de Aire e mais 1 aniversário


Pois é, passou mais um 10 de Abril e a minha linda terra, festejou mais um aniversário de elevação a Vila. Já lá vão 74 Anos cheios de história, felicidades, tristezas, alegrias, juventude, velhice, Mirenses...

Parabéns Mira de Aire.